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Pesquisadora da Seapi participa de oficina sobre degradação de pastagens

Evento foi realizado em São Paulo e reuniu cerca de 70 participantes

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Oficina pastagens degradadas Participantes geral
- - Foto: Divulgação

Discutir conceitos relacionados ao tema da “degradação de pastagens”, definir indicadores para o diagnóstico da qualidade das pastagens para as regiões brasileiras e estabelecer critérios mínimos para que o diagnóstico de degradação de pastagens seja válido. Esse foi o objetivo da oficina “Conceitos e Indicadores para Diagnóstico e Monitoramento de Pastagens nos Biomas Brasileiros”, realizada na Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, São Paulo, na última semana. O assunto está totalmente alinhado ao Plano ABC+RS e ao Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD).

Foram em torno de 70 participantes, entre pesquisadores, professores, representantes da extensão rural, dos agentes financeiros, de ONGs e da iniciativa privada. Antes do evento presencial, os inscritos receberam um formulário para a definição de indicadores de avaliação de pastagens. No total, foram selecionados 36 indicadores, onde os participantes deveriam elencar até três por Bioma. 

A pesquisadora do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi), Carolina Bremm, que participou do evento em São Paulo, foi a responsável pela definição dos indicadores e protocolos para o Bioma Pampa, juntamente com representantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) , Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Aliança del Pastizal e MapBiomas.

Para o Bioma Pampa, foram definidos dois indicadores do grau de degradação das pastagens nativas: presença de plantas invasoras (%) e cobertura de solo descoberto (%). Com base em dados científicos, o grupo definiu classes de percentual de invasoras e solo descoberto para caracterização dos níveis baixo, médio e alto de degradação em pastagem nativa do Bioma Pampa.

Durante a oficina, foram realizadas diversas discussões sobre conceitos, indicadores, sobre a possibilidade de unificar as referências para todos os biomas, assim como o potencial de se estimar o grau de degradação das pastagens dos biomas brasileiros por sensoriamento remoto. Por fim, foram definidos os próximos passos, com recomendações e prazos de execução.

Segundo Carolina, a oficina foi produtiva, com oportunidade para revisar conceitos-chave sobre degradação de pastagens, assim como definir indicadores de monitoramento do grau de degradação das pastagens dentro de cada bioma brasileiro. “A estimativa do nível de degradação do campo nativo do nosso Estado por sensoriamento remoto é muito promissora, e possibilita o monitoramento de forma simples e com baixo custo. Após validada para nossos campos, essa técnica permitirá a aplicação de políticas públicas de fomento à recuperação de pastagens degradadas, com direcionamento de recursos para os produtores que promovem a produção sustentável no campo nativo, conciliando conservação com produtividade”, ressaltou a pesquisadora.

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