País pode ter banco de antígenos e vacinas contra febre aftosa
Paraná anunciou acordo de cooperação tecnológica para implantação durante conferência internacional que acontece em Curitiba
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Prestes a ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa sem vacinação, o Brasil foi escolhido para sediar a conferência internacional “Prevenção da febre aftosa: salvaguardando a pecuária, meios de subsistência e economias”, que ocorre em Curitiba, no Paraná, nesta terça (18/3) e quarta-feira (19/3).
O secretário adjunto da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Márcio Madalena, a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, o adjunto do Departamento, Francisco Lopes, e a coordenadora do Programa Estadual de Vigilância para a Febre Aftosa, Grazziane Rigon, estão em Curitiba acompanhando as discussões.
Nesta terça-feira (18/3), o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) anunciou um acordo de cooperação tecnológica com a empresa argentina Biogenesis Bagó para a transferência e internalização de tecnologia para a criação de um banco nacional de antígenos e vacinas contra febre aftosa. O documento foi assinado durante a conferência internacional.

Madalena destacou que a participação no evento é de extrema importância para que estejamos atualizados sobre os debates da febre aftosa em nível mundial. “O avanço da discussão de um banco de antígenos é cada vez mais importante e fundamental. Com a retirada da vacina no país todo, é primordial que tenhamos uma reserva e estoque no Brasil, para que possamos criar uma capacidade de resposta rápida para uma possível incidência de foco no futuro. É uma discussão que não é nova, mas toma outra envergadura a partir de agora”, enfatizou o secretário adjunto.
O banco nacional de antígenos e vacinas contra febre aftosa tem como objetivo ser um estoque estratégico de insumos para a rápida formulação de uma vacina para enfrentamento de eventuais casos de surto localizado. Hoje, o Brasil é um país livre de febre aftosa sem vacinação animal e espera receber o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desse novo status sanitário ainda no primeiro semestre.
O diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss, explica que o instituto entende a relevância do novo status sanitário brasileiro e, diante do seu compromisso como instituição pública em atender a sociedade, apresenta essa iniciativa para apoiar o país no enfrentamento de surtos pontuais que podem surgir e requererem uma vacinação emergencial. "O banco vem neste sentido: ser uma ferramenta para rápida formulação de vacinas para conter um surto localizado e evitar que a doença se espalhe. O Tecpar, que possui expertise em saúde animal desde sua fundação, há 85 anos, dá mais um passo para reforçar a segurança sanitária de um setor estratégico do país, o agronegócio", pontuou.