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O tratamento de resíduos orgânicos nos centros urbanos é tema de palestra na UFSM

Pesquisadora da Seapi apresentou o projeto Minhocário Solo Vivo

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Minhocário Solo Vivo
Minhocário Solo Vivo no CEFLOR, em Santa Maria - Foto: Divulgação/Seapi
Por Maria Alice Lussani

“Nós mostramos como é possível transformar os resíduos orgânicos que são produzidos nas casas e nas escolas em composto orgânico, ajudando o meio ambiente”. Com esta fala a pesquisadora Gerusa Kist Steffen resume um pouco do trabalho que é desenvolvido no Minhocário Solo Vivo, no Centro de Diagnóstico e Pesquisa Florestal da Seapi (CEFLOR), em Santa Maria.

Durante o ano, estudantes, funcionários e público em geral participam de palestras e demonstrações no Minhocário e podem levar para casa matrizes de minhocas para começar a reciclar os resíduos orgânicos e transformá-los em composto orgânico. Além deste trabalho, também são desenvolvidas pesquisas que investigam o benefício do uso do composto na produção de mudas e de alimentos.

A palestra “Tratamento de resíduos orgânicos em centros urbanos: benefícios e desafios” foi apresentada nesta quinta-feira (30/11) no III Seminário Estadual de Agricultura Urbana e Periurbana Sustentável. O evento vai até esta sexta-feira (01/12), na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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Pesquisadora apresenta palestra “Tratamento de resíduos orgânicos em centros urbanos: benefícios e desafios” - Foto: Divulgação/Seapi

Gerusa apresentou outros exemplos de utilização de resíduos orgânicos por cooperativas e produtores em diferentes lugares do Brasil, como o programa da usina de compostagem da Cooperativa Ecocitrus, de Montenegro, além de outras iniciativas em Florianópolis/SC e Brasília/DF.

No município de Santa Maria, que tem 296 mil habitantes, a produção de resíduos é de 296.000 kg/dia. Só de resíduos sólidos são 6.000 toneladas/mês, e de orgânicos 3.000 toneladas/mês, que vão para o aterro sanitário, e que poderiam estar sendo transformados em composto orgânico.

Além do trabalho do Minhocário Solo Vivo, a cidade conta com uma outra iniciativa no bairro Campestre, a Compostatu, que faz a coleta de resíduos orgânicos e é também um pátio de compostagem. A iniciativa conta com a parceria da UFSM, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Casa Círculo e Fundação Mo´A.

Os dados

Levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) em 2020 aponta que do total de lixo produzido no país 45,30% é orgânico. E a compostagem é uma alternativa sustentável para o tratamento de resíduos orgânicos.

“Resíduo orgânico não é lixo, é oportunidade. Oportunidade de praticar a sustentabilidade, contribuir para o ambiente, reduzir o volume de resíduos domésticos, produzir adubo orgânico, recuperar a qualidade dos solos e gerar renda”, destaca a pesquisadora.

Pesquisadora mexendo no Minhocário Solo Vivo 1
Composteira com minhocas no CEFLOR - Foto: Divulgação/Seapi

Mais informações sobre o evento em: https://www.ufsm.br/unidades-universitarias/ccr/eventos/iii-seminario-de-agricultura-urbana-e-periurbana-sustentavel-aup

Mais informações sobre o Minhocário Solo Vivo pelos telefones (55) 3228-1045 e 3228-1212 ou pelo e-mail: florestas@agricultura.rs.gov.br

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