Secretaria da Agricultura e Polícia Civil realizam ação contra manipulação e aplicação irregular de agrotóxico
Agricultor da região noroeste é suspeito de manipular insumos e contrabandear produto estrangeiro
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Na manhã desta quinta-feira (24/4), agentes da 1ª Delegacia de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e de Abigeato de Bagé (Decrab), servidores do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDV/Seapi), com o apoio da equipe de agentes da Operação Protetor das Divisas e Fronteiras, realizaram ação policial na zona rural do município de Bagé para apurar a existência de local onde eram aplicados e manipulados insumos agrícolas ilegais, em especial agrotóxicos estrangeiros. No local, foram localizadas embalagens de agrotóxicos descartadas em local impróprio, em desacordo com a legislação, e encontrados insumos armazenados de forma irregular, além de embalagens de “paraquat”, um agrotóxico que é proibido em quase todo o mundo.
Segundo a fiscal estadual agropecuário, Michelle Rodrigues, que participou da ação ao lado do fiscal agrônomo Luís Felipe Barcelo Martins, a denúncia chegou pelo canal oficial do DDV e com o apoio da Decrab se viu que era algo fundamentado, pois realmente foram encontradas embalagens contrabandeadas de um produto que não é autorizado no Brasil. Na oportunidade os fiscais aplicaram as devidas infrações ao proprietário.
Paraquat é um agrotóxico proibido no Brasil pela alta toxicidade
O paraquat é um herbicida amplamente utilizado na agricultura desde os anos 1960, sendo que as vantagens apontadas no seu uso relacionam-se ao baixo custo e grande eficácia. É usado principalmente para o combate às plantas daninhas e também na secagem das folhas da soja, acelerando, assim, a colheita.
Depois de estudos indicarem alta toxicidade (não possui antídoto e mata em poucos dias, quando ingerido ou inalado, mesmo que acidentalmente) e associação com diversas doenças degenerativas, foi proibido em quase todo o mundo, sendo proibido no Brasil a partir do ano de 2017 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).