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Câmara de Agroenergia acompanha colheita de triticale energético em Camaquã

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Começa a colheita do triticale no estado - Foto: Vinema/divulgação

Na tarde da última quarta-feira (09), a Câmara Setorial da Agroenergia da Secretaria da Agricultura participou, em Camaquã, do inicio da colheita de triticale para a produção de etanol.

A propriedade escolhida foi a do agricultor Sérgio da Silva, que plantou 80 hectares. A Seapa e o Grupo de Trabalho do etanol estão concluindo o programa RS Mais Etanol, que contará com essa cultura para o fornecimento da matéria-prima.

O Estado precisará de 228 mil hectares na Metade Sul para abastecer a seis unidades projetadas, segundo Vilson Machado, da empresa Vinema, parceria do governo na elaboração do projeto. O produto será disponibilizado às indústrias de outubro a janeiro, período em que a região possui ociosidade de estruturas de armazenagem.

Silva diz ter encontrado na cultura uma alternativa de inverno tanto em sua propriedade quanto para a região. Ele utilizou baixa tecnologia no uso de fertilizantes sem tratamento fúngico. “Mesmo assim, a lavoura está em bom estado. Também utilizei para pastoreio de 105 bovinos na fase inicial. E pretendo aumentar a lavoura nos próximos anos”.

Para o coordenador da Câmara de Agroenergia da Seapa, Valdir Zonin, o programa deve impulsionar a diversificação de cultura na Metade Sul. A projeção dele é um pouco maior. Estima que serão necessários 400 mil hectares adicionais às lavouras com finalidade energética (triticale, sorgo, arroz especial e batata doce).

O programa, porém, não compete com a produção de alimentos por dois motivos, conforme Zonin. “Trata-se de matéria-prima diferenciada. Os resíduos serão transformados em ração animal de alto valor proteico, estimando-se cerca de 480 mil toneladas por ano nas seis unidades”.

Hoje a produção no RS é de dois milhões de toneladas, basicamente toda ela feita na Usina de Porto Xavier. O consumo gira em torno de 200 milhões de toneladas por ano. Com as seis usinas, será possível produzir 50% dessa demanda, acredita Zonin. “Nesta região é possível antecipar a colheita. Como ela é colhida no início de outubro, significa renda antecipada no bolso do agricultor e plantio mais cedo das lavouras subsequentes de verão”.

No final deste mês, o GT Etanol estará reunido na Universidade Federal de Santa Maria para debater com toda a cadeia e finalizar a elaboração do projeto, além de inaugurar a biodestilaria da instituição.

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