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Câmara Setorial da Noz-Pecã debate irrigação, situação da cultura e safra, entre outros temas

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Reunião da Câmara Setorial da Noz-Pecã
Reunião da Câmara Setorial da Noz-Pecã - Foto: Cassiane Osório/Ascom Seapi
Por Maria Alice Lussani

Representantes da Câmara Setorial da Noz-Pecã se reuniram na tarde desta quinta-feira (26/06) de forma presencial e online com diversos assuntos em pauta.

O programa de irrigação da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), o Irriga+ RS, foi apresentado para os produtores. O programa prevê apoio financeiro direto ao produtor de 20% do valor do projeto, limitado a R$ 100 mil por beneficiário. O edital está aberto até 29 de julho e uma nova fase deve ser lançada no segundo semestre deste ano. “Nesta fase 2, um produtor de noz-pecã de Nova Pádua solicitou recursos para uma área de 5 hectares. E para a pecanicultura a irrigação é fundamental”, destaca o coordenador da Divisão Agropecuária do Departamento de Governança dos Sistemas Produtivos da Seapi, Paulo Lipp. Segundo ele, a maioria dos pedidos desta fase, na área de fruticultura, são de irrigação por gotejamento.

O produtor de noz-pecã de Pantano Grande, Demian Segatto, afirma que os 100 hectares que têm plantados com noz- pecã são irrigados. “A irrigação é fundamental em dois momentos: no desenvolvimento da casca e no preenchimento da amêndoa. Se faltar água, o tamanho da amêndoa vai ser menor e vai ter espaços vazios, com menor enchimento”, afirma. Segundo ele, o investimento em irrigação com certeza vai ser remunerado, porque a produção vai ter um maior valor comercial, um rendimento maior e o consumidor terá um produto melhor também. Ou seja, todo mundo sai ganhando, constata.

Outro assunto da pauta foi a questão do uso de herbicidas hormonais e a deriva que atinge outras lavouras, além das que estão com a aplicação. Entre 2022 e 2025, a Secretaria registrou 21 denúncias de deriva em cultivos de noz-pecã. Uma subcomissão da Assembleia Legislativa gaúcha está discutindo o assunto e deve apresentar propostas até agosto deste ano. “A Secretaria publicou várias Instruções Normativas regulamentando a questão dos hormonais e a partir de 2026, em todo o estado, a aplicação de hormonais deverá ser feita por um aplicador cadastrado pela Seapi que passou por uma formação técnica”, destaca o diretor do DDV, Ricardo Felicetti. Segundo ele, não existe uma solução simples, ela deve ser construída entre todos os atores envolvidos.

O extensionista da Emater/RS-Ascar, Antônio Borga, apresentou algumas ações para a noz-pecã que estão sendo desenvolvidas em parceria com a Seapi. Nos dias 17 e 18 de julho, técnicos da Emater de todo o estado farão um primeiro módulo de capacitação sobre o cultivo da noz-pecã. Um segundo módulo está previsto para outubro. E será realizada em setembro uma tarde com palestras e receitas de noz-pecã para nutricionistas, no auditório da Emater em Porto Alegre. O evento está sendo organizado em parceria com o Conselho Regional e a Associação Gaúcha de Nutricionistas.

Os dados parciais da safra de noz-pecã 2025 foram apresentados pela representante do IBGE, Fernanda Mello. Eles foram coletados nos meses de abril e maio em todo o Rio Grande do Sul. Os números finais da safra serão apresentados em dezembro. Até lá são feitas reuniões nos municípios, a cada dois meses, atualizando os dados. A área cultivada é de 7.278 hectares.  As estimativas de produção ainda estão sendo elaboradas, mas ficaram abaixo das expectativas iniciais devido ao excesso de chuvas na primavera, e no verão, com a estiagem que ocorreu no estado.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico apresentou o programa Exporta RS, que apoia empresas com estudos de mercado. A questão da exportação de noz-pecã para a China, maior comprador mundial, e a participação em feiras também foi debatida pelos participantes.

Participaram do encontro: Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Federação da Agricultura do RS (Farsul), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Emater/RS-Ascar, Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), Banrisul, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

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