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Técnicos da Seapi se reúnem com produtores e autoridades do Litoral Norte para tratar do mosquito-pólvora

Encontro aconteceu na manhã desta quarta-feira (2/7), na Câmara de Vereadores de Dom Pedro de Alcântara

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Reunião em Dom Pedro de Alcântara por causa do mosquito pólvora
Encontro contou com a presença dos diretores da Seapi, do deputado estadual Luciano Silveira produtores e lideranças locais - Foto: Divulgação/Seapi
Por Elstor Hanzen

A crescente presença do mosquito maruim — conhecido como mosquito-pólvora — tem mobilizado produtores, autoridades e técnicos no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira (2/7), representantes da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) participaram de uma reunião com lideranças de nove municípios da região, realizada na Câmara de Vereadores de Dom Pedro de Alcântara. O objetivo foi discutir os impactos causados pelo inseto, que tem afetado a agricultura, o turismo e a qualidade de vida da população rural.

O encontro contou com a presença dos diretores do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal (DDV), Ricardo Felicetti, e do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), Caio Efrom, do deputado estadual Luciano Silveira, além de produtores, prefeitos, secretários municipais e vereadores.

De acordo com o diretor do DDV da Seapi, o maruim tem provocado intenso desconforto, especialmente em áreas rurais, devido às picadas e às irritações na pele que causa. “O mosquito tem comprometido atividades laborais, principalmente na agricultura, e prejudicado o turismo ecológico, já que visitantes estão evitando áreas naturais por conta da infestação”, destaca Felicetti.

O inseto é vetor do vírus Oropouche, causador da febre de mesmo nome. Embora ainda não haja registros de transmissão local no Rio Grande do Sul, os serviços públicos estaduais atuam para prevenir e evitar que casos da doença venham a ocorrer no Estado.

Segundo Felicetti, os municípios mais afetados — entre Mampituba e Maquiné — apresentam condições ambientais favoráveis à proliferação do mosquito, como presença de matéria orgânica em decomposição, ambientes alcalinos e umidade. “Essas condições podem ser melhoradas em áreas de cultivo de banana,  por exemplo, onde o descarte de pseudocaules e o uso de fertilizantes orgânicos contribuem para o aumento da população do inseto”, explicou o engenheiro agrônomo.

Apesar da redução temporária da infestação devido às baixas temperaturas, a Secretaria pretende aproveitar esse período para intensificar e realizar ações de prevenção. Está em elaboração uma campanha de conscientização voltada à população rural, com foco no manejo adequado de resíduos, dejetos e adubação. Uma nota técnica com orientações será publicada em breve com o apoio de outras secretarias estaduais.

A Seapi também trabalha no levantamento de recursos disponíveis para ações emergenciais e no mapeamento das áreas mais atingidas, visando implementar medidas mais eficazes de controle, como o manejo de matéria orgânica fresca e resíduos da bananicultura. “Ainda não existe um controle efetivo estabelecido para o maruim. Por isso, estamos planejando ações de pesquisa aplicada para identificar os métodos mais eficientes de manejo, considerando as especificidades da região”, concluiu Felicetti.

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