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Seminário destaca importância, resultados e oportunidade de implantação de sistemas de irrigação e reservação de água

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Cerca de 200 pessoas participaram do evento - Foto: Eduardo Patron/ Seapi
Por Rejane Paludo/Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul

Município que tem mais de 50% da área de frutíferas irrigada (1.890 ha de um total de 3.380 ha), e com 25 projetos de irrigação no Supera Estiagem (fases I e II), Antônio Prado sediou na tarde desta quinta-feira (5/9) o 4º Seminário de Irrigação, que ainda vai acontecer em mais oito regiões do Estado.

Promovido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e pela Emater/RS-Ascar, o Seminário reuniu em torno de 200 produtores.

O Programa de Subvenção de Irrigação e Reservação de Água (Supera Estiagem) foi apresentado pelo engenheiro agrônomo da Seapi, Paulo Lipp João, que representou o secretário da Agricultura, Clair Kuhn. O Supera Estiagem é destinado a todos os produtores rurais (pessoas físicas) que tiverem interesse em implantar projetos – de sistemas de irrigação (aspersão, localizada ou sulcos) ou reservatórios de água para fins de irrigação – financiados por bancos ou com recursos próprios. Prevê benefício de 20% do valor do projeto, até o teto de R$ 100 mil por produtor, pago em parcela única.

Os agricultores têm prazo até o dia 30 de abril de 2025 para encaminharem os projetos técnicos e a documentação. Conforme Lipp, até o final de agosto foram recebidos 191 projetos, que representam um montante de R$ 66 milhões e R$ 7,5 milhões em subvenção, dos quais 120 já foram analisados. O governo pretende investir mais de R$ 200 milhões em quatro anos.

O programa pretende aumentar a área irrigada em até 100 mil hectares em quatro anos. A meta é mitigar os efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul, aumentar a reservação de água e a irrigação (elevando a produtividade das culturas) e se aproximar da autossuficiência de grãos, principalmente do milho.

“Todos sentimos na pele, agricultores e técnicos, o quanto que cada vez mais nós precisamos nos aprimorar com ferramentas que combatem as adversidades climáticas e com práticas culturais que vão desde cuidar do solo até fazer o trato cultural, a poda, o manejo e a colheita adequados”, destacou o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera. “Então, trabalhar com a irrigação é uma pauta que cada vez mais está presente, e com sistemas de irrigação eficientes, que economizem água, que façam o bom manejo e uma boa prática de irrigação”, frisou.

O evento contou ainda com a participação do secretário da Agricultura de Antônio Prado, Ivandro Zamboni, e de representantes das instituições parceiras: Banrisul, Banco do Brasil, Cresol, Sicredi, Sicoob e Agrimar.

O alerta climático

A agrometeorologista da Seapi, Amanda Junges, trouxe o panorama dos prognósticos climáticos de instituições que trabalham com previsão de tempo e clima: Inmet, MoReClima – Sul e Simagro, e que fornecem informações online gratuitas e de fácil acesso. “São modelos mostrando que a gente vai ter a ocorrência de um La Niña nessa primavera e início do verão, ainda configurada de fraca a moderada, e depois a gente vai para uma condição de neutralidade a partir de fevereiro, março, abril do ano que vem”, estima. Segundo ela, isso acende o sinal de alerta para os produtores de que pode chover abaixo da média principalmente na primavera e início do verão e que pode ter, principalmente no mês de setembro, temperaturas um pouco abaixo da média.

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A agrometeorologista Amanda Junges falou sobre os prognósticos climáticos - Foto: Eduardo Patron/ Seapi

Cases de sucesso

Os produtores Felipe Tessaro, de Antônio Prado, e Antônio Bortolon, de Protásio Alves, relataram suas experiências com os sistemas de irrigação por gotejamento na fruticultura e de aspersão em milho, respectivamente.

Felipe Tessaro adotou a irrigação em 1 ha de ameixeiras, em 2010. Atualmente, tem toda a área de 10 ha irrigada (ameixa, pêssego, uva e um plantio novo de caqui). “Hoje quando se faz implantação de um novo pomar já se planeja a irrigação também. É essencial para ter uma segurança de produção, como se fosse um seguro contra seca, a qualidade é melhor, a produção é maior, assim como o valor agregado ao produto”, diz. Para ampliar a área, Tessaro teve subsídio através dos programas Mais Água Mais Renda e Supera Estiagem (fase I).

Já a propriedade da família Bortolon, de Protásio Alves, desenvolve a atividade leiteira há mais de 30 anos, envolvendo três gerações. Possui em torno de 6,8 hectares de milho irrigados, com sistema de aspersão automatizado. Como resultado da irrigação, a família aponta a garantia de colheita, a segurança alimentar do rebanho, a estabilidade de renda da família e a sucessão rural.

Após os relatos, houve manifestação dos agentes financeiros e empresas parceiras no evento.

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