Mais cinco produtores da região de Erechim assinaram, na manhã desta terça-feira, contratos de subvenção com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, para receberem os benefícios previstos no programa Mais Água, Mais Renda. O ato, coordenado pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, foi realizado no Parque de Exposições da Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim, durante a Frinape.

Os agricultores Roberto Moretto, Leonice Bini, Sergio Inocente, Valdo Noskoski e Altair Mistura, juntos, contraíram empréstimos de cerca de R$ 414 mil reais e vão irrigar aproximadmente 49 hectares. Eles se somam aos outros 116 produtores da região que já aderiram ao Mais Água, Mais Renda e que estão irrigando 442 hectares.

Falando ao grupo de produtores, técnicos e prefeitos que prestigiaram o ato, o secretário Luiz Fernando Mainardi disse que o programa deve dobrar, até o final deste ano, a área irrigada no Estado. “Em janeiro de 2011 tínhamos pouco mais de 100 mil hectares de culturas de sequeiro irrigadas, o que representava algo em torno de 2% da área possível de ser irrigada, agora estamos chegando a aproximadamente 200 mil hectares”, informou Mainardi, ao reiterar que o governo do Estado, além de agilizar as licenças e outorgas ambientais, também subvenciona de 12 a 30% o valor do investimento.

O secretário destacou, ainda, que o Mais Água, Mais Renda está vencendo as barreiras culturais que existem. Os produtores, segundo ele, começam a se conscientizar de que a irrigação é um investimento que se paga até a quarta safra, só com o aumento da produtividade.

A prefeita Adriana Tozzo, de Itatiba do Sul, presidente da Associação dos Municípios do Alto Uruguai, afirmou que programas como este são importantes porque contribuem para o aumento da renda do produtor rural e, fundamentalmente, para a manutenção do jovem no campo. “O êxodo rural é um dos grandes problemas que temos nesta região”, informou a prefeita.

O produtor Roberto Moretto está irrigando, pela primeira vez, 37 hectares de uma lavoura de milho. Na safra passada, colheu 150 sacos por hectare. Nesta, pensa em atingir uma produtividade de até 250 sacos por hectare. O investimento vai pagar em oito anos, mas acredita que antes disso terá o retorno do que investiu.