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Governador convoca lideranças da agricultura para alinhar estratégias de superação dos desafios do setor

Eduardo Leite ressaltou que não se trata de resolver apenas uma safra, mas o futuro do agro

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Participantes debateram transformação do modelo produtivo atual em um sistema mais adaptado às novas realidades climátic
Participantes debateram transformação do modelo produtivo atual em um sistema mais adaptado às novas realidades climáticas. - Foto: Jürgen Mayrhofer/Secom
Por Juliano Rodrigues/Secom

Em reunião realizada nesta segunda-feira (24/3), no Palácio Piratini, representantes do governo do Estado e as principais entidades ligadas à agricultura gaúcha alinharam estratégias para enfrentar a crise contínua no setor rural, que tem sofrido com um padrão de eventos meteorológicos extremos cada vez mais intensos. O encontro focou na demanda ao governo federal por medidas emergenciais, em especial em relação às dívidas dos produtores, e também por estratégias para construir um futuro mais resiliente para o agronegócio do Estado.

Durante o evento, foram discutidas propostas para transformar o modelo produtivo atual em um sistema mais adaptado às novas realidades climáticas.

"Não estamos aqui para apenas resolver problemas do passado, mas para construir o futuro do Rio Grande com um agro mais sustentável. Estamos diante de um cenário no qual eventos meterológicos extremos não são mais exceção, mas uma realidade com a qual precisamos aprender a conviver. Não se trata de resolver apenas uma safra, mas o futuro", destacou Leite. 

A comitiva incluiu representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro) e de outras entidades ligadas ao setor.

Os participantes enfatizaram que, embora a enchente histórica de maio de 2024 tenha tido grande visibilidade nacional, o Estado continua sofrendo severamente com a estiagem. Um dos pontos cruciais debatidos foi a dificuldade de se implementar soluções estruturantes, como sistemas de irrigação, enquanto os produtores enfrentam alto endividamento.

"Não conseguimos avançar com a irrigação se o produtor está endividado. É preciso resolver essa questão", pontuou Leite.

Governador frisou necessidade de uma articulação com atores políticos e econômicos para melhorar o cenário   Foto Jürg
Governador frisou necessidade de uma articulação com atores políticos e econômicos para melhorar o cenário . - Foto: Jürgen Mayrhofer/Secom

Quanto à securitização das dívidas, tema que tem mobilizado o setor, o grupo reconheceu os desafios envolvendo a proposta e a necessidade de buscar alternativas.

“A securitização pode ser um caminho, mas precisamos também trabalhar com outras possibilidades para encontrar uma solução que dê mais sustentação ao setor", ponderou o governador.

Ficou definido que uma articulação política ampla será intensificada para avançar com as propostas. A ideia é buscar apoio com diferentes setores que possam contribuir para a aprovação das medidas necessárias.

"Vamos trabalhar para reunir todos os atores políticos e econômicos que possam nos ajudar nessa missão. Esta não é uma pauta sobre dívidas do passado, mas uma necessidade para o futuro do Rio Grande do Sul e, por consequência, do Brasil", enfatizou Leite.

Também participaram do encontro o vice-governador Gabriel Souza e os secretários Artur Lemos (Casa Civil), Ernani Polo (Desenvolvimento Econômico), Clair Kuhn (Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação), Vilson Covatti (Desenvolvimento Rural) e Caio Tomazeli (Comunicação), além do líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes, e do deputado federal Pedro Westphalen.

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