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Diretora da Seapi destaca rastreabilidade como ferramenta de controle sanitário

O assunto foi pauta de uma entrevista na noite de segunda-feira (23/6)

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Rosane trata de rastreabilidade
Rosane explanou sobre a rastreabilidade bovina na gestão de rebanhos - Foto: Ascom/Seapi
Por Elstor Hanzen/ Seapi

A rastreabilidade bovina como instrumento estratégico para o fortalecimento da defesa sanitária foi o tema da live realizada na noite desta segunda-feira (23/6) pelo canal Geoplan +Pecuária, no YouTube. A entrevistada foi a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Rosane Collares.

Durante a conversa, Rosane apresentou o panorama da implantação da rastreabilidade individual de bovinos no Rio Grande do Sul, alinhada ao Plano Nacional lançado em dezembro de 2024 pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “A medida visa fortalecer a sanidade animal, modernizar o rebanho e ampliar o acesso a mercados internacionais exigentes”, destacou.

Ela lembrou que o Rio Grande do Sul tem rastreabilidade no rebanho leiteiro desde 2017. “A Seapi está testando diferentes métodos de rastreabilidade no Centro Estadual de Pesquisa e Diagnóstico em Sistemas de Produção e Meteorologia Aplicada (Cesimet), em Hulha Negra, em um projeto-piloto que servirá como referência para a ampliação futura do programa. Na verdade, vamos adaptar o nosso sistema ao nacional”, explicou.

Na sequência, a diretora enfatizou que a implantação da identificação individual de bovinos no Brasil é uma ferramenta estratégica para aprimorar o controle sanitário dos rebanhos. Ela abordou a situação atual da rastreabilidade no país, os objetivos que motivam a adoção do sistema, os prazos estabelecidos e o caráter obrigatório da medida para todos os estabelecimentos rurais.

“A proposta de rastreabilidade será construída junto ao setor produtivo, da mesma forma que a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação”, ressaltou. Segundo ela, o envolvimento de todos os elos da cadeia produtiva será fundamental para a construção de consenso, seguindo o modelo de diálogo já utilizado em outras conquistas sanitárias.

Plano Nacional

O Plano Nacional de Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos, coordenado pelo Mapa, prevê que até 2032 todos os bovinos e bubalinos do território nacional estejam individualmente identificados, permitindo o acompanhamento detalhado do histórico sanitário de cada animal.

Além de reforçar a defesa contra doenças, a rastreabilidade individual também responde a uma exigência crescente de mercados internacionais, como União Europeia e China, que demandam informações precisas sobre a origem e o histórico sanitário dos produtos de origem animal. O sistema permitirá o monitoramento de movimentações, vacinação e demais registros sanitários, desde o nascimento até o abate.

Rosane sublinhou ainda que a rastreabilidade não é apenas uma exigência sanitária, mas também uma vantagem mercadológica e de gestão. Como ferramenta interna de gestão, o sistema proporcionará aos produtores dados relevantes para o controle de lotes, acompanhamento de índices zootécnicos e histórico sanitário, agregando valor à produção gaúcha.

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