No Dia Mundial da Alimentação, celebrado nesta quarta-feira (16/10), uma das tecnologias que contribui para a produção de alimentos recebeu evidência na região de Santa Rosa: a irrigação. O 2º Seminário Regional de Irrigação, com o tema “Manejo de água e solo para a produção de alimentos” reuniu participantes de 45 municípios, no auditório Iglenho Burtet, junto ao Parque de Exposições de Santo Ângelo.

A programação contou com a presença de diversas lideranças, como o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, o gerente regional e gerente adjunta da Emater/RS-Ascar, Valmir Thume e Ivânia Polaczinski,  é o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Diomar Formenton.

Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre alternativas disponibilizadas pelo governo do Estado para viabilizar estratégias de reservação de água e irrigação, assim como palestras técnicas que contribuem com a produtividade e a sustentabilidade dos sistemas de produção.

Tema essencial para resultados satisfatórios na produção agropecuária, o manejo de solo e a infiltração da água foram abordados na palestra conduzida pelo pesquisador da Embrapa Trigo, José Eloir Denardin. Aspectos da legislação ambiental para irrigação foram esclarecidos pelo engenheiro florestal da Fepam, Cristiano Horbach Prass. O regime regional de chuvas e a necessidade das plantas cultivadas também foi o tema da fala do extensionista da Emater/RS-Ascar de Alecrim, Carlos Olavo Neutzlig.  

Na programação da tarde, a ênfase esteve na apresentação de políticas públicas voltadas à área de irrigação e no compartilhamento de experiência de sucesso na região.

O secretário da Seapi, Clair Kuhn, abordou políticas públicas para irrigação no RS, destacando a atual fase do Programa Supera Estiagem – Etapa Dois, por meio da qual deve ser feito um aporte de recursos de R$ 213,2 milhões em subvenção para irrigação para pequenos, médios e grandes produtores rurais, entre 2024 e 2027. A expectativa é ampliar a área irrigada no estado em mais 100 mil hectares.   

Com o Programa, o produtor pode receber até R$ 100 mil, limitado a 20% do valor do projeto, em parcela única, para a implantação ou ampliação de sistemas de irrigação.  

O edital está aberto para o recebimento dos projetos e o governo pretende investir, em quatro anos, mais de R$ 200 milhões para alavancar a irrigação no Rio Grande do Sul, tendo em vista que hoje apenas 4% da área de sequeiro é irrigada no Estado.

Com a apresentação de experiências em propriedades em que a irrigação foi implantada, o público conheceu mais sobre quatro tipos de sistemas: pivô central, apresentado pelo engenheiro hídrico Juliano Pacheco, da Agrocampo; carretel autopropelido instalado na propriedade de Sandro Both, em Caibaté, com projeto elaborado pelo extensionista Elói Vogt; aspersão convencional na produção de pastagens pela família de Dari e Lucilina Gehrke, de Tuparendi, acompanhados pelos extensionistas Débora Schallemberger de Souza e Albino Motter; e gotejamento, aproveitado no caso da família de Nivaldo Backes, de Santo Cristo, na produção de laranjas, com projeto elaborado pelo extensionista Leandro Seger.