Secretaria da Agricultura completa 88 anos
Uma história que se mistura com a história da produção do Rio Grande do Sul
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A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) foi criada pelo Decreto Estadual 5.970, em 26 de junho de 1935, durante a gestão do Governador José Antônio Flores da Cunha, como Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio do Estado. O primeiro secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Indústria e Comércio, foi Raul Pilla em 1936. As primeiras diretorias da pasta foram a de Geral, Agricultura, Indústria Animal, Terras e De Colonização e Padronização.
Neste mesmo ano, a Secretaria inicia o seu primeiro programa sanitário, para combater a sarna e a piolheira ovina. Na década de 40, o cultivo de grãos se organizou e nasceu o Irga, Instituto Rio Grandense do Arroz, através do decreto nº 20, como uma entidade pública vinculada à Secretaria da Agricultura até os dias de hoje.
Em 1959, a Secretaria ganha independência e passa a se chamar Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, tendo como secretário Alberto Hoffmann. Este período é marcado pela introdução de programas sanitários pioneiros no país, como o de combate à febre aftosa, tuberculose e brucelose bovinas.
Já as Câmaras Setoriais foram instaladas na década de 1990, com o objetivo de aumentar a competitividade e criar estratégias de ação para o desenvolvimento das diversas cadeias produtivas gaúchas. Neste período, programas de combate à aftosa e a peste suína se consolidam e ganham reconhecimento internacional.
A partir dos anos 2000, a defesa agropecuária ganhou destaque com a estruturação do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), informatização dos cadastros das propriedades rurais e seus rebanhos, registros de trânsito, vacinação, ocorrência de enfermidades, entre outros. Hoje, o Sistema de Defesa Agropecuária (SDA), abrange informações das áreas de sanidade vegetal e animal.
Já na área de pesquisa, o trabalho foi desenvolvido já nos primórdios do século XX com a criação da Estação de Seleção de Sementes de Alfredo Chaves, hoje Veranópolis. O Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), conta com 11 centros experimentais espalhados pelo estado, desenvolvendo 133 projetos e 50 experimentos a campo.
“São anos de história construída com o empenho e dedicação de muitos servidores. As mudanças e adaptações foram encaradas nos processos e hoje a Secretaria da Agricultura tem reconhecimento nacional e internacional por sua defesa sanitária animal e vegetal, sua área de pesquisa e de governança. O desenvolvimento da agropecuária gaúcha é uma construção que envolve múltiplos atores, e as inovações são impostas diariamente, mas tenho convicção que o corpo técnico da pasta é extremamente qualificado para a construção desses avanços sempre necessários”, afirma o secretário Giovani Feltes.
Os muitos nomes da Secretaria
De lá para cá foram muitos secretários e muitos nomes... Agricultura; Agricultura e Abastecimento; Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio; Agricultura, Pecuária e Irrigação; Agricultura, Pecuária e Irrigação; Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural e, atualmente, Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação.
Atualmente, a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação é responsável por políticas públicas de auxílio institucional e técnico a produtores, além da certificação e fiscalização de diversas atividades agropastoris.
Expointer
A feira já teve muitos nomes e foi realizada em muitos lugares. Em 1901, teve sua primeira edição com o nome de 1ª Exposição de Produtos do Estado, no Campo da Redenção, hoje Parque Farroupilha. Foram 2.200 expositores e um público de 67 mil pessoas. Em 1909, passou a se chamar Exposição Agropecuária de Porto Alegre e foi realizada no Prado Riograndense, depois Parque de Exposições Menino Deus, onde hoje é a sede da Secretaria e que foi sede da feira até 1969.
Em 1970, foi realizada a 33ª Exposição de Animais, já no Parque de Esteio, inaugurado em 29 de agosto daquele ano. Em 1972, a exposição passa a ser internacional e se torna a sede oficial da Expointer, com 2,9 mil animais inscritos de 45 raças diferentes, além de leilões, finais de freio de ouro, exposição de máquinas, comidas típicas e feira da agricultura familiar. Cinco anos mais tarde, em 1977, ganha o nome que tem até hoje, Parque de Exposições Assis Brasil, batendo recordes de público e vendas a cada edição.