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Publicação do Departamento de Pesquisa da Secretaria da Agricultura auxilia o reconhecimento de abelhas sem ferrão do RS

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Capa do Guia de Reconhecimento de abelhas sem ferrão do Rio Grande do Sul. Foto: Fernando Dias/Seapi
Por Darlene Silveira

“O trabalho de uma vida toda, exatos 33 anos”, é como a bióloga e pesquisadora Sidia Witter define o “Guia de reconhecimento de abelhas sem ferrão do RS”. A publicação, coordenada por ela, foi lançada recentemente pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (Seapi). Segundo Sidia, a ideia é disponibilizar um instrumento que facilite o reconhecimento das espécies de abelhas sem ferrão do Rio Grande do Sul pelos órgãos fiscalizadores, técnicos, extensionistas, meliponicultores, estudantes e outros atores envolvidos com a atividade da meliponicultura no Estado.

“Espera-se que esse guia ilustrativo, que teve apoio do Ministério Público do RS e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag- RS), possa ajudar no reconhecimento de abelhas nativas do Rio Grande do Sul, incentivando a meliponicultura regional e a conservação da biodiversidade”, explica Sidia.

A pesquisadora esclarece que a criação e o manejo de abelhas sem ferrão ou meliponíneos, denominada meliponicultura, é uma atividade em expansão. “Além das razões econômicas (principalmente produção de mel, enxames e serviços de polinização), a atividade surge no cenário atual como uma contribuição para a preservação e o uso sustentável dos recursos naturais”, comenta.

“Assim, conhecer a identidade taxonômica de abelhas sem ferrão é importante para a conservação das espécies e para o incentivo à meliponicultura regional, além de ser fundamental para viabilizar o trabalho dos órgãos fiscalizadores”, diz Sidia. “Entretanto, a identificação dessas espécies nem sempre é uma tarefa fácil, pois envolve análise microscópica e a necessidade de taxonomistas, que são especialistas em identificação”.

De acordo com a bióloga, a proposta foi construída a partir de informações baseadas em características visuais das abelhas e dos seus ninhos, especialmente com relação à entrada do ninho, visto que é um indicativo de reconhecimento da espécie.

“Para cada espécie de abelha sem ferrão de ocorrência no Rio Grande do Sul, foi elaborado um mapa de distribuição geográfica e gerado um QR Code com informações adicionais (artigo científico, vídeo ou outra referência pertinente), que aparecerá na página de descrição da espécie”, destaca Sidia. “Também é disponibilizado o capítulo ‘Diferenciando espécies semelhantes’, preparado para distinção entre espécies, ou semelhantes morfologicamente, ou com mesmo nome popular, que podem usualmente causar equívocos na identificação”, finaliza Sidia.

O Guia está disponível de forma gratuita em dois formatos: em alta e baixa resolução.  Em alta resolução pode ser acessado aqui.  Em baixa  em Guia de reconhecimento de abelhas sem ferrão do Rio Grande do Sul

No final, há um link de acesso contendo todos os vídeos oficiais.

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