Propriedade da região central recebe certificação como livre de epididimite ovina
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A Cabanha Becker, de Tupanciretã, é a primeira propriedade da região central do Estado, a receber o certificado de propriedade livre de epididimite ovina, também conhecida como brucelose ovina. A entrega aconteceu nesta sexta-feira (25), na sede do Sindicato Rural do município.
A certificação faz parte do Programa Estadual de Sanidade Ovina (Proeso), que tem como objetivo recuperar e fortificar a sanidade ovina. A adesão ao processo de certificação é opcional, como aconteceu com Paulo Roberto de Oliveira Becker, proprietário da cabanha, que conta com um rebanho de 175 ovinos e, além de possuir a certificação para epididimite, também recebeu o certificado de área monitorada de brucelose e tuberculose bovina.
Para obter a certificação de área livre de epididimite ovina são necessários dois exames laboratoriais negativos, com intervalos de 60 a 90 dias, de carneiros inteiros acima de seis meses de idade. O certificado vale por 24 meses, podendo ser revalidado após esse período com um novo exame laboratorial em todos os carneiros inteiros da propriedade.
De acordo com a supervisora regional do Departamento de Defesa Agropecuária da Seapi, Juliana Argenta, é importante salientar a parceria que se tem entre Universidade Federal de Santa Maria, sindicatos e Inspetorias para realização deste trabalho. "A grande vantagem é que com esse certificado não é mais necessário apresentar atestado de exame de epididimite a cada Guia de Trânsito Animal (GTA) emitida", explica Juliana.
O coordenador regional da Seapi, Luiz Gonzaga Trindade, ainda salientou a importância de ver produtores investindo e procurando melhorar cada vez mais suas propriedades, mesmo em tempos considerados de crise. "Essa é a idéia: produzir, trabalhar e desenvolver, trazendo progresso para a região".
A EPIDIDIMITE – É provocada pela bactéria Brucella ovis, que ataca exclusivamente ovinos, provocando infertilidade e aborto. Em carneiros não têm cura, devendo ser sacrificados. As fêmeas ficam livres da infecção ao término do cio. Não é uma zoonose, portanto a carne dos animais sacrificados pode ser consumida. É uma doença de notificação obrigatória, causando prejuízos reprodutivos e econômicos.