Plano nacional trará rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos a rebanho brasileiro até 2032
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O Ministério da Agricultura e Pecuária lançou, nesta terça-feira (17/12), o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos. A iniciativa tem como objetivo qualificar e aprimorar a rastreabilidade dos rebanhos, ao implementar um sistema de identificação individual que permitirá acompanhar e registrar o histórico, a localização atual e a trajetória de cada animal.
O Plano foi construído em conjunto com entidades do setor privado. A implementação será gradual e ocorrerá ao longo dos próximos sete anos. Entre 2024 e 2026, será construída a base de dados nacional. Entre 2027 e 2029, terá início a identificação individual dos animais, com a previsão de atingir todo o rebanho até 2032.
A medida fortalecerá os programas de saúde animal, incrementará a capacidade de resposta a surtos epidemiológicos e reforçará o compromisso do Brasil com o cumprimento dos requisitos sanitários dos mercados internacionais.
“O mundo todo exige a transparência de boas práticas, sejam elas ambientais, sociais ou trabalhistas. E nós temos essa capacidade. Não precisamos ter medo de abrir a rastreabilidade do nosso rebanho. Ninguém no mundo cumpre legislações tão restritivas como os produtores brasileiros. O Brasil avança definitivamente para os melhores mercados do mundo, sendo o país mais competitivo para fornecer proteína animal”, destacou o ministro Carlos Fávaro.
No Rio Grande do Sul, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) está em diálogo constante com o setor produtivo sobre a rastreabilidade, além de conduzir testes com diferentes tecnologias na unidade de pesquisa da Secretaria em Hulha Negra.
“Além de participar do lançamento do Plano Nacional, também tivemos reuniões com a Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério, em que expusemos o interesse do Rio Grande do Sul em ser um dos primeiros estados a implementar a rastreabilidade, obviamente em construção com o setor produtivo“, destaca o secretário adjunto Márcio Madalena.
Para o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA/Seapi), Francisco Lopes, o estado tem a capacidade de antecipar entregas de processos e sistema. “Vejo que o longo prazo de início da obrigatoriedade em nível nacional será uma oportunidade para o Rio Grande do Sul sair na frente e conquistar mercados em nível estadual antes do Brasil como um todo”, conclui.