Gerar conhecimentos, compartilhar experiências e aproximar instituições brasileiras, argentinas e uruguaias no combate à raiva, visando ao conceito de Saúde Única e alinhamento de atuação nos serviços dos países vizinhos. Essa foi a finalidade de eventos referentes ao Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), que aconteceram durante esta semana no município de Santana do Livramento.

Conforme o coordenador do Programa, Wilson Hoffmeister, dia 23 ocorreu uma reunião dos núcleos que compõem o Programa RS, com a presença do médico veterinário Gabriel Russo, coordenador do Programa de Controle da Raiva na Argentina e representante do Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria (Senasa), com troca de informações e experiências entre os dois órgãos.

Dia 24 houve um treinamento teórico-prático organizado em conjunto pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) e pela Seapi, com a presença de servidores das secretarias; do Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca e Ministério de Salud Pública, ambos do Uruguai; representantes do Senasa (Argentina); de laboratórios do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor – IPVDF; entre outros.

“Cerca de 130 pessoas participaram deste evento, com destaque para os colegas do Uruguai, país que teve participação maciça das equipes que compõem os trabalhos no Programa da Raiva, tanto da Agricultura quanto da saúde pública (zoonoses)”, afirmou Hoffmeister.

Ele contou que o primeiro encontro entre os três países ocorreu em Passo de Los Libres, na Argentina, há cerca de três meses. “Agora foi a vez de fazermos aqui no Rio Grande do Sul, só que o evento cresceu e envolveu todas as regionais de fronteiras da Seapi, mais o pessoal da SES, do laboratório. Foi fantástico, pela presença dos uruguaios, pelo depoimento desse veterinário da Argentina, o Gabriel”, destacou Hoffmeister.

“Está sendo aberta uma porta para trabalharmos não só com raiva, mas também com a defesa sanitária como um todo. Porque já existe a disposição de coordenadores de programas da Argentina em se expandir isso para outros programas sanitários”, pontuou Hoffmeister. “Esse evento nosso foi comentado inclusive em um encontro na Bolívia. E o pessoal do Paraguai também se mostrou interessado, tanto da Agricultura quanto da Saúde, e de outros países também. Então, esse grupo está se ampliando”, comemorou.

Segundo Hoffmeister, a ideia é fazer esse grupo com mais reuniões sistematizadas. “A próxima provavelmente será no Uruguai, porque já foi feita na Argentina e aqui. Talvez já tenha a presença do Paraguai junto”, acredita.