Mortandade de abelhas preocupa Câmara Setorial da Apicultura e Meliponicultura do Rio Grande do Sul
Reivindicações do setor foram entregues ao secretário Ernani Polo
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Durante reunião da Câmara Setorial da Apicultura e Meliponicultura (Casam), coordenada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), que ocorreu nesta semana, os presentes elaboraram um documento com reivindicações do setor a respeito da mortandade de abelhas no Estado, que foi entregue ao secretário Ernani Polo. O estudo foi realizado por um Grupo de Trabalho, de agosto de 2015 a março deste ano.
O documento destaca a importância das abelhas na produção de alimentos e manutenção de ecossistemas saudáveis, através do serviço ecológico da polinização, bem como na produção de outros itens, como o mel, levando o Estado ao posto de maior produtor do País. “E uma das causas da mortandade de abelhas é a incompatibilidade da sua atividade com a presença de agrotóxicos”, alerta o coordenador técnico da Casam, Nadilson Ferreira.
Por isso, o documento reivindica, entre outros itens, garantir o suporte necessário para que o Sistema Integrado de Gestão de Agrotóxico no Estado seja posto em prática o mais rápido possível. “Assim, será possível ter um controle maior dos 10 agrotóxicos mais utilizados aqui no Rio Grande do Sul e promover o uso adequado dos mesmos”, garante Ferreira.
Outra solicitação do setor é desenvolver um plano de capacitação em apicultura e meliponicultura para os técnicos das inspetorias da Seapi, visando ao adequado atendimento local no que se refere à morte de abelhas, buscando para tanto as parcerias e apoios pertinentes.
Termo de cooperação técnica
Durante a reunião, também ficou acertado que será assinado um termo de cooperação técnica entre a Seapi, o Sistema Sebrae/Senar/Farsul e a CMPC – Celulose Riograndense para apoiar as ações do programa "Juntos para Competir", cujo objetivo é fortalecer o desenvolvimento da “Cadeia Apícola do RS” com sustentabilidade.
As principais finalidades do termo de cooperação, segundo Ferreira, são ampliar a produtividade; aumentar o número de apicultores/empresários na produção de mel e outros produtos da abelha; contribuir para aumentar a renda obtida pelos apicultores e empresários do mel; e consolidar a apicultura no Rio Grande do Sul.
O termo será assinado no dia 21 de junho, durante um café da manhã na sede da CMPC – Celulose Riograndense, em Eldorado do Sul.