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Minhocário do Centro de Pesquisas da Secretaria da Agricultura entrega berçários de minhocas para escolas e produtores rurais

Beneficiados são dos municípios de Agudo e Santa Maria

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entrega em Agudo
Gerusa (à esquerda) entrega os berçários para a extensionista rural da Emater/RS-Ascar de Agudo, Kamila Santos. - Foto: Divulgação/Seapi
Por Darlene Silveira

“Esta caixa contém filhotes de minhocas muito especiais que contribuem com o meio ambiente”. A frase ilustra os berçários de minhocas que o Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa Florestal (Ceflor) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) de Santa Maria entregou na semana passada e nesta segunda-feira (31/3) a escolas e produtores rurais de Santa Maria e Agudo, respectivamente.

A pesquisadora responsável pelo “Minhocário Solo Vivo” do Centro há 12 anos, Gerusa Pauli Kist Steffen, explica que uma forma muito prática e eficiente para reciclar resíduos orgânicos é utilizar minhocas especializadas na transformação de restos vegetais e animais em adubo para as plantas.

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Foto: Divulgação/Seapi

“Essa técnica é conhecida como minhocultura ou vermicompostagem, e nada mais é do que criar minhocas em cativeiro, em um espaço chamado de minhocário”, define Gerusa. Ela conta que, no Minhocário do Ceflor, os resíduos frescos são transformados em abubo com a ajuda de minhocas californianas, uma das quatro espécies indicadas para a vermicompostagem.

“O objetivo do minhocário é difundir a importância da técnica da vermicompostagem como alternativa para o aproveitamento de resíduos orgânicos e como uma fonte de renda para áreas urbanas e rurais”, esclarece a pesquisadora.

“Além de produzir adubo orgânico para a produção de plantas, umas das principais contribuições sociais do minhocário é fornecer gratuitamente matrizes de minhocas para pessoas e instituições interessadas em realizar a técnica da vermicompostagem”, acrescenta Gerusa.

Conforme ela, as minhocas são disponibilizadas para os interessados em iniciar a criação em pequenos potes, uma espécie de berçário de minhocas. “Nós chamamos de berçário pelo significado que esta ação representa. Em cada pote, adicionamos centenas de minhocas, desde pequenos filhotes até indivíduos adultos, que representam uma população de minhocas ideal para iniciar uma nova criação, seja em escolas, áreas urbanas ou rurais”, diz Gerusa.

A pesquisadora destaca que nem todas as espécies de minhocas podem ser mantidas em cativeiro com o objetivo de transformar resíduos orgânicos em adubo. “É muito importante utilizar as espécies recomendadas. Por esse motivo, o minhocário do Ceflor fornece as matrizes para o início de novas criações, além de treinamentos técnicos, incentivando que mais pessoas realizem a prática da minhocultura”. 

Doações

Ao todo, nesta ação, foram disponibilizados treze berçários de minhocas para escolas e produtores rurais dos municípios de Agudo e Santa Maria. “A cada entrega que fazemos, reforçamos o nosso compromisso de promover atitudes sustentáveis para a agricultura e a sociedade”, enfatiza a pesquisadora.

Em Agudo, foram beneficiadas 10 escolas, cada uma com um berçário. “Entregamos para o Escritório da Emater/RS-Ascar do município, que possui o projeto "Cultivando Vida - vermicompostagem nas escolas”, em parceria com o “Minhocário Solo Vivo” do Ceflor”, pontua a pesquisadora.

Sobre a vermicompostagem

A vermicompostagem de resíduos orgânicos é uma atividade que proporciona mais do que benefícios ambientais. É uma atividade multifuncional, interdisciplinar, sustentável e rentável, pois gera produtos que podem ser facilmente comercializados com um interessante valor de mercado: o adubo orgânico (também conhecido como húmus de minhoca) e as matrizes de minhocas, que podem ser comercializadas com diferentes finalidades.

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Minhocas californianas. Foto: Divulgação/Seapi

Não é necessário ter um grande espaço para transformar resíduos frescos em adubo com o auxílio de minhocas. Em uma caixa de apenas um metro quadrado e 60 centímetros de altura é possível transformar meia tonelada de resíduos orgânicos. E em poucos meses, as minhocas e os microrganismos transformarão cascas de frutas, legumes, cascas de ovos, restos de erva-mate, aparas de grama e até mesmo resíduos de animais em um adubo de coloração escura, de textura leve e um agradável cheiro de terra.

O adubo parece um pó de café e contém mais do que os dezessete nutrientes essenciais para as plantas. Ele contém compostos orgânicos que estimulam o crescimento vegetal e uma diversidade de pequenos organismos benéficos para o solo e para as plantas. Mais do que nutrientes para as plantas, o húmus de minhoca leva vida para o solo de hortas, pomares e cultivos agrícolas, melhorando a qualidade biológica do solo e a sustentabilidade ambiental.

 

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