Integrantes do Plano ABC+RS se reuniram durante Colheita do Arroz
Encontro foi realizado em Capão do Leão
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Debater ações e projetos que estão sendo desenvolvidos para promover a sustentabilidade dos sistemas de produção de arroz irrigado foi o intuito da reunião do Comitê Gestor Estadual do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC+RS). O encontro foi realizado na sexta-feira (23/2), no prédio da Embrapa Clima Temperado, durante a 34ª Abertura da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, no município de Capão do Leão.
O coordenador do Comitê Gestor, Jackson Brilhante, pesquisador da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), destacou que essa foi a primeira vez que os integrantes do Plano ABC+RS se reuniram no interior do Estado. “Graças às ações de pesquisa e extensão, a produção de arroz no Rio Grande do Sul vem se tornando cada vez mais eficiente, ou seja, os produtores estão obtendo melhores produtividades e com menor intensidade de emissão de gases de efeito estufa por tonelada de arroz produzido”, garante Brilhante.
A engenheira agrônoma e pesquisadora do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Mara Grohs, apresentou dois projetos que estão sendo desenvolvidos junto ao Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Um foi a nota conceitual do arroz irrigado, que está em fase de avaliação, que é um projeto nacional para financiamento de ações de mitigação de gases de efeito estufa (GEE) em lavouras de arroz e também a adaptação dos produtores às mudanças climáticas. O segundo projeto, o Global Methane Hub, que já foi aprovado. “Nas próximas semanas vai ser discutido o plano de trabalho, em que já vão ser colocadas em prática ações voltadas principalmente à extensão rural, transferência de tecnologia e tecnologias que mitiguem as emissões de gases de efeito estufa no sistema de produção de arroz, além de algumas ações de pesquisa”, afirma Mara.
As ações de pesquisa em mitigação de emissões de GEE e adaptação da cultura do arroz à mudança climática da Embrapa foram apresentadas por Walkyria Bueno Scivittaro. “Os estudos iniciaram com adequações no manejo da cultura visando a mitigação de emissões de metano da lavoura, conciliando os aspectos técnico, econômico e ambiental, para garantir sustentabilidade ao sistema produtivo. Atualmente as pesquisas buscam associar as vertentes mitigação e adaptação, visando reduzir emissões de GEE e, também, aumentar a resiliência da lavoura à mudança climática”, avalia.
Maria Laura Turino Mattos, também da Embrapa, falou sobre a revolução tecnológica que passa a agricultura combinando insumos químicos com biológicos, indo em direção à produtividade, rentabilidade e à uma agricultura de baixo carbono, atendendo aos requisitos do Plano ABC+RS. Ela também apresentou as ações de pesquisa que estão sendo realizadas na Embrapa Clima Temperado. “A inovação com a pesquisas com novos inoculantes para arroz irrigado, milho e soja, por meio de projetos em parceria com empresas privadas (indústrias de inoculantes), com ativos da Coleção de Microrganismos Multifuncionais de Clima Temperado (CMMCT), estão em andamento e irão contribuir com as metas do Plano ABC”, ressaltou Maria Laura.
Além da Seapi, participaram representantes dos Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); das Secretarias do Desenvolvimento Rural (SDR) e do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema); Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga); Fundação Especial de Proteção Ambiental (Fepam); Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul); Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag); Federação dos Clubes de Integração e Trocas de Experiências (Federacite); Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); Embrapa Clima Temperado; Embrapa Pecuária Sul; Emater-RS Ascar; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Universidade Federal de Pelotas (UFPel); e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).