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Emater/RS-Ascar apresenta técnicas de irrigação para pastagens destinadas ao gado leiteiro

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A produção de leite é considerada uma das atividades mais importantes para a agricultura familiar no Rio Grande do Sul. Como forma de instruir o produtor rural para o aumento da renda com baixos custos, a Emater/RS-Ascar apresenta, na 34ª Expointer, um estande que mostra técnicas de irrigação, por meio de um sistema em malha por aspersão para pastagens destinadas ao gado leiteiro. Os exemplos mostrados neste ano são com aveia e azevém – forrageiras utilizadas no inverno.


De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Roberto Sacknies, a irrigação em malha por aspersão é barata e acessível ao pequeno produtor. “Utilizando este sistema é possível garantir pastagens por 3 ou 4 meses para alimentação dos animais”, destaca.


O uso deste sistema pode aumentar em 20% a produção de pasto. Assim, mais animais podem ocupar uma mesma área, garantindo a continuidade da produção de leite também em períodos de seca. Já em épocas com precipitação pluviométrica ideal, a irrigação pode ser utilizada como forma de aumentar a produção.


Além de quantidade, segundo Sacknies, a irrigação pode aumentar a qualidade das pastagens, resultando no aumento da produtividade leiteira e lucratividade do produtor. “A qualidade da pastagem com irrigação é maior, principalmente, porque o pasto não fica seco”, explicou.


Funcionamento do Sistema
O sistema funciona com baixa pressão, o que possibilita a utilização de bombas de água menores e energia monofásica, baixando os custos de todo o processo. Os canos da malha são enterrados no solo, para que os animais não pisem no material. Já o aspersor é móvel e pode ser modificado de lugar, de acordo com a rotatividade do gado.

Para Sacknies, é importante que o produtor mantenha um sistema de pastoreio rotativo racional para o rebanho. Assim, enquanto se faz a irrigação em um setor, coloca-se o gado em um espaço já irrigado, fazendo com que os animais utilizem as pastagens até o máximo recomendado.

Para reserva de água, o ideal é que os produtores tenham um açude com boa captação. O sistema, inicialmente, pode ser complexo para instalar. Mas para Sacknies, o auxílio técnico pode resolver as dúvidas do produtor. “O produtor pode contar com o apoio da Emater para este trabalho”, completou.


Programa Irrigando a Agricultura Familiar
Pensando nas constantes estiagens que ocorrem no Estado, a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) está desenvolvendo o programa Irrigando a Agricultura Familiar. O objetivo é construir estruturas que melhorem o armazenamento de água para abastecimento humano e animal, e, também, para a irrigação nos estabelecimentos rurais de base familiar, nos assentamentos e nas comunidades indígenas e quilombolas.

O projeto prevê a construção de microaçudes e cisternas, além da implantação de sistemas de irrigação. Para acessar o programa o produtor deve pertencer aos grupos de beneficiários e possuir declaração de aptidão ao Pronaf. É necessário, ainda, participar de um processo de capacitação e desenvolver atividades produtivas compatíveis ao projeto.


Outras temáticas do estande
O estande também apresenta uma gama de práticas e técnicas que podem ser utilizadas pelo produtor no manejo para uma produção sustentável. São elas: formação de alta qualidade e produção; planejamento e realização da reserva forrageira, utilizada em períodos de escassez de pasto; uso controlado do alimento concentrado; mineralização do rebanho leiteiro, utilizando minerais na dieta dos animais; qualidade do rebanho e criação da terneira; sanidade animal, prevenindo doenças por meio de vacinação; higiene das instalações e qualidade da água; manejo correto dos dejetos; qualidade do leite produzido; e gestão das atividades leiteiras.

O estande pode ser visitado no espaço Caminhos da Integração, organizado pela Emater/RS-Ascar e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O local fica na quadra 37 do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.


Texto e foto: Felipe Rosa

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