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Diagnóstico da raiva é tema de treinamento em Porto Alegre

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Palestra sobre raiva ministrada pela pesquisadora Carla Rodenbusch, do IPVDF/Seapi
Palestra ministrada pela pesquisadora Carla Rodenbusch, do IPVDF/Seapi - Foto: Divulgação/Seapi
Por Maria Alice Lussani

“Diagnóstico Laboratorial da Raiva”, foi tema de palestra ministrada pela pesquisadora Carla Rodenbusch, do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), na última sexta-feira (23/02). A palestra foi ministrada durante treinamento teórico-prático do Programa Estadual de Controle e Profilaxia da Raiva e Vigilância da Febre Amarela da 1ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 120 pessoas da Secretaria da Saúde (SES) participaram do treinamento.

Carla falou sobre o trabalho desenvolvido no Laboratório de Raiva do IPVDF. Em 2023, foram analisadas 985 amostras, sendo 712 de morcegos, 100 de cães, gatos e animais silvestres e 173 de animais de produção (bovinos, equinos, ovinos, suínos). No caso dos morcegos, que foram a maioria das análises, foram identificadas 28 espécies de morcegos ao longo do ano e 27 amostras foram positivas para raiva. “Comparando janeiro de 2023 com janeiro de 2024, observamos um aumento de raiva em morcegos. Em janeiro de 2023 foram 3 de 113 (2,6%) de positivos e em 2024 foram 9 de 173 (5,2%), o que serve de alerta para as equipes de vigilância”, destaca a pesquisadora.

Os procedimentos para envio das amostras para o Instituto seguem algumas regras. A amostra de eleição para o diagnóstico de raiva é o encéfalo, que deve ser enviado inteiro ou, pelo menos, a metade, e no caso de morcegos deve-se enviar o animal inteiro para realizar a identificação da espécie. As amostras devem ser encaminhadas refrigeradas ou congeladas e sempre acompanhadas do formulário de solicitação. O diagnóstico é realizado através da prova de imunofluorescência direta e as amostras negativas são submetidas a provas complementares, que são a prova biológica e a PCR – reação em cadeia para polimerase.

Treinamento prático de coleta de amostras biológicas
Treinamento prático de coleta de amostras biológicas - Foto: Divulgação/Seapi

Na parte da tarde, foi realizado um treinamento prático de coleta de amostras biológicas, organizado pela Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde. A pesquisadora Carla e o pesquisador Gustavo Martins D'Aqui, ambos do Laboratório de Raiva do IPVDF, foram monitores.

“Na parte prática foi demonstrado como realizar a coleta do encéfalo pelo forame magno, importante técnica quando se está a campo e não há ferramentas adequadas para remoção do encéfalo. Também foi demonstrado como se faz a coleta de órgãos para o diagnóstico de febre amarela e o acondicionamento correto dessas amostras”, destaca Carla.

Mais informações sobre os exames realizados pelo IPVDF clique neste link: http://www.ipvdf.rs.gov.br/conteudo/298/ensaios-laboratoriais

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