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Câmara setorial do leite se reúne para debater demandas emergenciais e estratégicas para a reconstrução

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A Câmara Setorial do Leite e Derivados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) reuniu-se de forma on-line nesta quarta-feira (29/5). A ideia foi debater demandas emergenciais e estratégias de superação para o setor, devido ao estado de calamidade que assola o Rio Grande do Sul. Os trabalhos foram conduzidos pelo coordenador da Câmara, Eugênio Zanetti, que também é vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS).

Uma das estratégias apontadas foi a possibilidade de o governo do Estado liberar recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite) para os produtores. “Os mais atingidos são do Vale do Taquari, uma importante bacia leiteira. Perderam animais, galpões, equipamentos. E estão com dificuldade em conseguir comida para os animais que sobraram, além da dificuldade de acesso às localidades”, afirmou Zanetti.

Ele reiterou que os produtores passam por grande dificuldade e que não é de hoje. “Já foram três estiagens e agora as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. Precisamos somar forças para resolver os problemas desse importante setor para a economia do Rio Grande do Sul, que é composto 95% de produtores familiares”, ressaltou Zanetti.

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Guilherme Portella, pediu também a liberação dos recursos do Fundoleite. “Seria importante que eles fossem usados em primeiro lugar para a reconstrução das propriedades atingidas e, em segundo lugar, na recuperação de pastagens e alimentação”.

O diretor-geral adjunto da Seapi, Clair Kuhn, disse que o governo do Estado tem essa demanda como prioridade. “Estamos analisando o assunto e daremos resposta nos próximos dias. Faremos o máximo para agilizar, eliminando a burocracia”, afirmou.

Jaime Ries, da Emater/RS-Ascar, citou que existem propriedades rurais do Estado que perderam tudo, especialmente nos vales. Já outras regiões foram menos afetadas. “Há atrasos na implantação de pastagens, principal fonte de alimentação do rebanho leiteiro do Estado e certa dificuldade em encontrar sementes forrageiras no mercado”, comentou.

Nesse sentido, o engenheiro agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Jonas Wesz, falou sobre a reabertura do prazo para solicitação de sementes forrageiras pelo Estado. “Para que os produtores e entidades possam fazer mais pedidos, o prazo vai até esta sexta-feira (31/5)”, destacou.

Durante a reunião, também foi solicitado que a Câmara encaminhe pedido ao Governo Federal de ampliação do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A ideia é que o Programa possa socorrer diretamente os produtores de leite mais afetados.

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