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Câmara Setorial da Ovinocultura aborda piolho e sarna ovina

Reunião foi realizada presencialmente em Pinheiro Machado

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Foto: Divulgação/Seapi
Por Darlene Silveira

Representantes da Câmara Setorial da Ovinocultura da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) reuniram-se presencialmente nesta quinta-feira (30/1) no Sindicato Rural de Pinheiro Machado, durante a 41ª Festa Estadual da Ovelha (Feovelha).  Entre os assuntos abordados, a incidência e o controle do piolho e da sarna ovina, e as ações desenvolvida pela Seapi sobre o assunto. Três departamentos da Secretaria estiveram presentes. 

A médica veterinária e coordenadora do Serviço de Doenças Parasitárias da Seapi, Nathalia Bidone, mostrou dados da vigilância ativa realizada pela Seapi em 2022, 2023 e 2024. Segundo ela, o trabalho desenvolvido pelas inspetorias da Secretaria realizou, no segundo semestre de 2022, 1.187 inspeções a campo. Em 2023, foram 2.832; e, em 2024, 2.868 inspeções. 

Nathalia falou ainda sobre a importância da notificação, ou vigilância passiva. “Também precisamos dela para trabalhar, porque não temos como encontrar todos os casos de sarna e piolheira que existem no Estado. A gente precisa que sejam notificados”, alertou. “A manutenção dos rebanhos livre de tais parasitas é um dever de toda a cadeia, desde produtores até os frigoríficos, que devem notificar a inspetoria de origem quando chegam animais parasitados em seus estabelecimentos”.

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Edemundo Gressler, exemplificou que os produtores vizinhos devem se organizar para que o combate seja feito de maneira sinérgica, caso contrário o tratamento é pouco eficaz. “Estão começando as tratativas para uma possível exportação de ovinos ‘em pé’ para o Kuwait, e o Ministério da Agricultura está realizando o levantamento dos protocolos sanitários necessários para tal transação”, adiantou.
Por sua vez, o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde de Santa Vitória do Palmar, Edres Plá Rodrigues, apresentou a estratégia de controle populacional de cães, através de castramóveis. Medida esta que visa minimizar a população de cães errantes e consequentemente uma diminuição nos ataques aos rebanhos ovinos. “Mas essa é apenas uma das medidas. Outras ações, como campanhas de posse responsável e cadastro de animais, também são muito importantes e necessárias para o efetivo controle”, alertou.

Declaração Anual de Rebanho

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Seapi, Rosane Collares, o período de Declaração Anual de Rebanho em 2025 será de abril a junho. “E continua em vigor a possibilidade de Declaração Complementar de Rebanho, em qualquer data”, afirmou.

A coordenadora da Câmara, Elisabeth Lemos, salientou a importância de todos os produtores realizarem a Declaração Complementar de Rebanho para os ovinos, para que os dados não sejam subestimados. “Uma vez que os nascimentos dos cordeiros ocorrem após o período da declaração, sendo que muitos desses animais são abatidos sem que sejam contabilizados na declaração do ano seguinte”, informou.

Conforme Elisabeth, a não realização da Declaração Complementar de Rebanho pelos produtores rurais provavelmente explique a redução dos dados oficiais em relação à população ovina no Rio Grande do Sul. “O que acarretou a perda de posições no ranking de maiores produtores de ovinos do país”, contou.

Simpósio 

Os representantes da Câmara também receberam o convite para o 3º Simpósio Gaúcho de Ovinocultura, que ocorrerá dias 26 e 27 de junho, no auditório do IFSUL – Campus Bagé, com a temática “A cadeia da carne ovina: desafios e oportunidades”. A organização é da Seapi, em parceria com a Embrapa Pecuária Sul e outras instituições.

 

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