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Aplicativo pioneiro que simula focos de febre aftosa é tema de capacitação

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Programa permite simular ações de controle da aftosa em diferentes cenários epidemiológicos
Programa permite simular ações de controle da aftosa em diferentes cenários epidemiológicos - Foto: Cassiane Osório
Por Elaine Pinto/Ascom Seapi e Thais D'Ávila/Fundesa

Servidores da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) participam, de 11 a 13 de dezembro, de workshop com o objetivo de treinar simulações de espalhamento de febre aftosa no Rio Grande do Sul com o uso do MHASpread. O programa, desenvolvido pela Universidade da Carolina do Norte (NCSU), é fruto de convênio celebrado em 2019 entre a instituição norte-americana, a Secretaria da Agricultura e o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).

A partir de 2023, houve a integração do convênio com outro, referente à Plataforma de Defesa Sanitária Animal do RS (PDSA-RS), elaborada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A PDSA-RS apresenta uma interface orientada ao usuário para simplificar a utilização do MHASpread.

“Os treinamentos com o programa são realizados anualmente, e a cada edição melhorias vêm sendo agregadas. Agora temos um programa 100% dentro da PDSA-RS, sem a necessidade de os servidores saberem linguagem computacional R, que foi o início de tudo”, destacou o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Francisco Lopes.

O programa é pioneiro e vem servindo de modelo para outros estados e até outros países: já foi apresentado na Bolívia, no Chile e será divulgado na Colômbia e no Paraguai em 2025.

“O modelo de espalhamento é mais uma inovação que o sistema de defesa agropecuária do Rio Grande do Sul implanta. Com a simulação realizada neste treinamento é possível ver a importância da notificação precoce na contenção dos estragos provocados por um eventual caso de febre aftosa”, avaliou o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.

Durante as capacitações, o MHASpread é utilizado para simular ações de controle contra a febre aftosa, como depopulação, vacinação, rastreabilidade e restrição de movimento, frente a diferentes cenários epidemiológicos. Um ponto de melhoria identificado no último treinamento, e integrado ao programa, foi a estimativa de custos em ações de contenção de um possível foco. Essa nova funcionalidade foi apresentada no workshop.

“Na simulação, é possível estratificar os custos em sete categorias: custo total e acumulado, custo de munição, material pesado para descarte de animais abatidos, custos com pessoal, custo com amostras e laboratório, vacinas de emergência e custos com barreiras sanitárias”, detalhou o professor Gustavo Machado, da NCSU. 

Também compuseram o corpo docente do workshop o pesquisador Nicolas Cardenas, da NCSU, e o professor Alencar Machado, da UFSM. Participaram da capacitação 17 servidores da Seapi e convidados externos: Geraldo Moraes, coordenador geral de Planejamento em Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e integrantes do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa).

Sobre o MHASpread - O programa utiliza métodos de transmissão multiespécies, envolvendo bovinos, suínos e pequenos ruminantes, para prever a transmissão da febre aftosa, tanto por contato direto entre os animais quanto por disseminação pelo ar, em espalhamento espacial. O modelo foi montado com dados reais de movimentação do rebanho no Rio Grande do Sul e do cadastro das propriedades no Estado, já georreferenciadas.

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