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Ações para recuperação ambiental de Brumadinho são conhecidas pelas Secretarias da Agricultura e Meio Ambiente

Técnicos estão em Minas Gerais em visita técnica na empresa Vale

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Equipes da Seapi e Sema estão em Brumadinho/MG para conhecer projetos de recuperação ambiental
Equipes da Seapi e Sema estão em Brumadinho/MG para conhecer projetos de recuperação ambiental - Foto: Cassiane Osório/Seapi
Por Cassiane Osório/Ascom Seapi

Conhecer de perto o plantio de mudas de enxertia com resgate de DNA, indução de florescimento precoce e conservação genética de espécies nativas para a recuperação ambiental no Rio Grande do Sul é um dos objetivos da viagem das Secretarias da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) a Brumadinho, em Minas Gerais. A equipe está na região mineira para verificar e trocar experiências sobre as ações para reparação que têm sido realizadas pela Vale S.A., empresa de mineração, após o rompimento, em janeiro de 2019, da barragem de Brumadinho, da mina do Córrego do Feijão.

A comitiva é composta pelo secretário da Agricultura, Clair Kuhn, do diretor do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, Caio Efrom e do pesquisador e coordenador do Plano ABC+RS, Jackson Brilhante. Pela Sema participam a assessora técnica Isa Osterkamp, a coordenadora da Assessoria de Educação para a Sustentabilidade, Mariela Secchi, e a analista ambiental da Divisão de Flora, Natália de Lazari.

O grupo foi recebido, nesta terça-feira (10/9), pela Diretoria de Reparação da Vale e fez visitas técnicas nas instalações da empresa, conhecendo o manejo de rejeitos e a recuperação ambiental, o projeto em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) para o resgate de DNA e florescimento precoce, a estação de tratamento de água para recuperação ambiental do ribeirão Ferro-Carvão e rio Paraopeba, além dos projetos em âmbitos social, de infraestrutura e de segurança que estão em andamento. Atualmente a Vale atua em 26 municípios, contemplando 176 comunidades.

“Nosso intuito aqui é conhecer e buscar soluções e novidades que possam nos auxiliar com novas ações para acelerar a recuperação ambiental no RS", destacou secretário Clair Kuhn
“Nosso intuito aqui é buscar soluções que possam nos auxiliar a acelerar a recuperação do RS", destacou Kuhn - Foto: Cassiane Osório/Seapi

“Nosso intuito aqui é conhecer e buscar soluções e novidades que possam nos auxiliar com novas ações para acelerar a recuperação ambiental e da agropecuária do Rio Grande do Sul. Precisamos verificar o que está dando certo em outros lugares como alternativa para implantação no Estado e busca de novas parcerias”, destacou o secretário Kuhn.

Isa destacou que as ações que estão sendo vistas, após o grande desastre ambiental, é uma forma de “trocar experiências de processos de recuperação desses ambientes para que possamos aplicar no Rio Grande do Sul, dentro das iniciativas do Plano Rio Grande”.

Gustavo Moraes, gerente de Meio Biótico Reparação da Vale, explicou o processo de restauração florestal que está sendo realizado. A primeira etapa é a remoção dos rejeitos da área e após autorização do Corpo de Bombeiros se passa para a segunda etapa, que é a recuperação ambiental. Segundo Moraes, cerca de 120 mil já foram utilizadas nesse processo e a revegetação da área está prevista para acontecer em sua totalidade até 2030.

São coletadas sementes de diversas matrizes de árvores nativas e de espécies em ameaça de extinção e enviadas para viveiros para enxertia. Quando as mudas estão formadas e prontas, elas voltam para a Vale para o plantio. Uma nova área será recuperada com plantio florestal ainda esse ano.

No processo de restauração florestal, são coletadas sementes de diversas matrizes de árvores nativas e de espécies em ameaça de extinção, enviadas para viveiros e replantadas
No processo de restauração florestal, são coletadas sementes de árvores nativas, enviadas para viveiros e replantadas - Foto: Cassiane Osório/Seapi

Guilherme Bravim, doutor em genética e melhoramento da UFV, e coordenador do projeto
resgate de DNA, indução de florescimento precoce e conservação genética de espécies nativas, apresentou o conceito e processo necessário até o plantio da muda.

“Uma planta que levaria anos para produzir flores, dentro do viveiro é possível induzir a produção em pouco tempo. Temos verificado casos de florescimento em menos de seis meses, na maioria das espécies pós-enxertia. Com a restauração das áreas, tem grande potencial de se tornar fornecedora de sementes com alta variabilidade genética”, ressalta.

Segundo Brilhante, hoje no Rio Grande do Sul a oferta de sementes e mudas florestais nativas ainda é baixa, tanto em quantidade como em qualidade. Então, para recuperar as áreas ambientais do estado é preciso pensar em estratégias que aumentem a oferta de sementes e mudas à curto, médio e longo prazo. ”O que conhecemos aqui em Minas Gerais é uma tecnologia inovadora, que além de acelerar o processo de recuperação ambiental também é uma estratégia muito importante dentro de um programa de melhoramento de espécies florestais nativas visando a formação de áreas de produção de sementes de alta qualidade genética”, afirmou.

Na oportunidade, as equipes plantaram mudas de árvores dentro do projeto de recuperação ambiental estabelecido.

A equipe gaúcha terá novas agendas em Brumadinho nesta quarta-feira (11/9) e quinta-feira (12/9).

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