Seminário de irrigação em Ibirubá reúne cerca de 300 pessoas
Evento tem o intuito de apresentar o Programa de Irrigação do Estado que destina até R$ 100 mil ao produtor
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A oitava edição do Seminário de Irrigação, promovido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e Emater-Ascar/RS, reuniu cerca de 300 pessoas no município de Ibirubá, na região do Alto Jacuí, nesta segunda-feira (2/12). O objetivo dos encontros, que estão percorrendo todas as regiões do Estado, é apresentar o programa de irrigação que destina até R$ 100 mil aos produtores rurais que aumentarem a área irrigada do Estado.
O programa paga até 20% do valor do projeto de irrigação, limitado a uma subvenção de até R$ 100 mil, para a implantação de qualquer sistema de irrigação. Até novembro, a Seapi já recebeu 345 projetos, com investimento total de R$ 86,9 milhões. Sendo que 239 já receberam a Declaração de Enquadramento, com a estimativa de cerca de R$ 11,4 milhões em subvenção que serão pagas aos produtores.
“Nosso objetivo foi construir um programa de irrigação de estado, permanente, que atendesse aos interesses dos produtores rurais, e foi nisso que trabalhamos. Os R$ 100 mil é uma espécie de prêmio ao produtor, para aumentarmos a área irrigada do Rio Grande do Sul, além de garantir a produtividade em todas as safras”, observou o secretário da Agricultura, Kuhn.
O diretor técnico da Emater, Claudinei Baldissera, colocou a entidade à disposição dos produtores para auxiliar na execução do projeto em todos os municípios do Estado. "Este evento representa a conjunção de esforços em torno da irrigação, de uma prática que deve ser cada vez mais utilizada na agricultura, tanto na produção vegetal quanto animal, como uma prática dentro das boas práticas agronômicas do Rio Grande do Sul. A Emater se prepara cada vez mais, junto com a Seapi, o estado, municípios, entidades e produtores, para estimular esta prática. Contem sempre com a Emater para que o programa Supera Estiagem seja cada vez mais exitoso e que alcance todos os municípios, todas as regiões do Rio Grande do Sul”, afirmou.
Mudanças na legislação ambiental
O secretário adjunto da Sema, Marcelo Camardelli, e o diretor técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Gabriel Ritter, apresentaram as mudanças feitas na Resolução Consema nº 512/2024, que traz uma atualização na legislação ambiental. “Queremos dar objetividade ao licenciamento ambiental, focando naquilo que causa impacto. Não licenciando mais os equipamentos, pivôs, por exemplo, mas focando no reservatório, seja açude, seja barragem”, destacou.
A inovação da licença única, em uma única fase, para portes mínimo e pequeno e para os de porte médio e grande em duas fases também foram apresentados, assim como a ampliação do licenciamento ambiental para até 25 hectares de açude ou barragem, que podem ser licenciados pelos próprios municípios “Estas medidas trazem objetividade e segurança jurídica para todos os envolvidos”, afirmou Camardelli.
Tempo e clima
O Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro) da Seapi foi apresentado pelo coordenador da ferramenta e meteorologista da Secretaria, Flavio Varone. Disponível gratuitamente aos produtores, o Simagro dá suporte para as ações do setor agropecuário, com a geração de informações de tempo clima.
Varone também falou sobre o prognóstico climático para os próximos meses, onde a tendência é uma estiagem moderada. “É natural no verão acontecer estiagens mais localizadas, assim como as chuvas”, ressaltou.
Durante o seminário, também houve a apresentação de cases de sucesso com sistema de irrigação para pequenas propriedades, como olericultura, fruticultura e pastagens, irrigação com carretel e pivô central.
O evento contou com a presença do prefeito de Ibirubá, Abel Grave, e representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag), da Federação da Agricultura do RS (Farsul), da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), da Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas de Ibirubá (Copeagri), da Cooperativa de Energia (Coprel), da Cooperativa Agrícola Mista General Osório (Cotribá) e da Associação dos Municípios do Alto Jacuí (Amaja).