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Mais de 2.500 pessoas participam de eventos sobre irrigação em 2024 no RS

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Secretário Clair Kuhn no Seminário de Irrigação em Rio Pardo
Secretário Clair Kuhn no Seminário de Irrigação em Rio Pardo - Foto: Eduardo Patron/Seapi
Por Carina Venzo Cavalheiro/Ascom Emater/RS-Ascar

"Para nós a irrigação é muito importante, tudo se produz nessa área. A gente consegue colher o dobro do que colhia sem a irrigação, e na mesma área". Foi assim que a agricultora quilombola Rosineia David da Rosa definiu a irrigação na lavoura de melancia, moranga e melão na propriedade da família, no município de Rio Pardo, para as mais de 180 pessoas que participaram do Seminário Regional de Irrigação realizado nesta quarta-feira (11/12), no Parque da Expoagro, em Rio Pardo.

O Seminário encerra um ciclo de 12 eventos realizados entre os meses de janeiro e dezembro de 2024 em todas as regiões do Estado. Mais de 2.500 pessoas participaram dos eventos sobre irrigação nos municípios de Passo Fundo, Capão do Leão, Antônio Prado, Santa Maria, Santo Ângelo, Frederico Westphalen, Ibirubá, Santa Rosa, São Borja, Camaquã e Rio Pardo.

"Estou extremamente feliz de encerrar esse ciclo de seminários em que pudemos, em uma grande parceria com a Emater/RS-Ascar, divulgar o programa de irrigação do Rio Grande do Sul através de ações concretas da fase um e que leva 20% do valor que o agricultor investir a fundo perdido, até cem mil reais”, afirmou o secretário de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), Clair Kuhn. Segundo ele, o Supera Estiagem é o maior e melhor programa de Estado, que busca ampliar a área irrigada, tendo assim um seguro agrícola do Estado e para o agricultor. O prazo para encaminhar os projetos de irrigação junto à Secretaria é o dia 30 de abril de 2025, podendo ser implementados até 2027.

O diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, destacou que os seminários observaram as características produtivas de cada região do Rio Grande do Sul. "Nesses seminários foram desenvolvidos temas próprios a cada região, a cada sistema de produção, desde a divulgação, regras do programa, as normas ambientais, mas também levando as experiências de agricultores que utilizam a irrigação nos seus sistemas produtivos em áreas pequenas e grandes, e especialmente as áreas de grãos", observou.

seminário irrigação
Produtor Osmar Bick, de Mato Leitão, no Seminário de Irrigação - Foto: Carina Venzo Cavalheiro/Emater-RS/Ascar

Rio Pardo

O Seminário em Rio Pardo contou ainda com os relatos dos agricultores Silvio Bruinsma e Osmar Bick, dos municípios de Tio Hugo e Mato Leitão, que mostraram os resultados da irrigação nas lavouras de Jiggs para a produção de feno e tabaco, respectivamente. "Comecei pequeno, e quando iniciamos a Emater nos auxiliou muito com o projeto e as questões burocráticas para acessar os recursos do governo”, relatou Bruinsma. Segundo ele, no início, a produção do feno era baixa, mas com a implantação do sistema de irrigação a produção fica entre 20 a 25 toneladas de matéria seca por hectare, com média de seis cortes anuais. “Hoje o feno é uma renda estável, consegui adquirir maquinário, trabalho menos e tenho mais lucratividade", constatou o agricultor.

A programação teve também a participação do meteorologista da Seapi e coordenador do Simagro, Flávio Varone, que mostrou como funciona o Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos e abordou o prognóstico climático para a próxima estação.

O Seminário Regional de Irrigação de Rio Pardo foi promovido pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Emater/RS-Ascar e Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

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