Um aplicativo para dispositivos móveis está sendo elaborado para auxiliar produtores rurais a identificar o status nutricional de suas árvores de erva-mate. A aparência do aplicativo e suas funcionalidades foram apresentadas nesta quinta-feira (29/8), no auditório do Governo do Estado no Pavilhão Internacional, durante a 47ª Expointer.

O aplicativo Ilex, nome científico da erva-mate, é fruto da parceria entre o Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Universidade La Salle. Tem como base de dados uma pesquisa realizada, desde 2019, sobre a condição nutricional dos ervateiros, com análise de tecido foliar de quase 200 ervais do Rio Grande do Sul.

“Encontramos faixas de suficiência, onde estão a maior frequência de alta produtividade entre os ervateiros, e como é a composição nutricional nessas faixas. Esses resultados estão em uma publicação que lançamos na Expointer de 2023. A partir desses dados, tivemos a ideia de fazer um aplicativo para que essa informação chegue aos agricultores”, conta o pesquisador do DDPA/Seapi Luciano Kayser.

A professora de Ciência da Computação Patrícia Mangan, diretora de Pesquisa e Pós-graduação Stricto Sensu na Universidade La Salle, e a bolsista Geovanna Cristine Corrêa Ribeiro mostraram como o aplicativo, que deve ser lançado em breve, poderá ser utilizado a campo. 

“A proposta é de um aplicativo que possa ser usado em qualquer celular, que não precise de conexão com a internet, tenha um design intuitivo e minimalista”, detalhou Patrícia.

Os produtores poderão colocar dados de análise, em percentual ou miligramas, dos compostos químicos presentes em suas árvores e o aplicativo fará o diagnóstico se os índices desses componentes nutricionais estão adequados, deficientes ou em excesso.

O aplicativo também terá uma seção para anotações dos produtores, para que possam registrar os resultados das análises e as mudanças observadas. Por enquanto, o diagnóstico nutricional é feito a partir da análise do tecido foliar, mas a ideia é incluir também a possibilidade de inserir dados da análise do solo para fazer esse diagnóstico.

“Assim que o aplicativo for lançado, conforme tivermos o retorno dos usuários, ele vai evoluindo e se aperfeiçoando”, conclui Geovanna.