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Procura por sistema de pivôs cresceu 300%

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Em média, o investimento se paga em quatro anos – ou até menos, se houver seca - Foto: Seapa/Divulgação

Com a ótima safra de grãos e os bons preços, muitos produtores irão “se endireitar” este ano. É hora de aproveitar essa boa fase e pensar no futuro. Para isso, não há nada melhor do que investir em irrigação. Digo isso porque os agricultores não podem mais ficar contando só com a ajuda do céu. Muitos produtores já estão com isso em mente. Desde que o governo estadual lançou o programa de incentivo à irrigação, a venda de sistemas de pivôs é quatro vezes maior que em 2011 – alta de 300% na região.

As vantagens desse programa começam pela redução da burocracia. As liberações de licenças para construir açudes e instalar pivôs, que chegavam a demorar dois anos, passaram a ser automáticas para quem for fazer açudes de até 10 hectares e colocar até 100 hectares de irrigação. Além disso, foi criada uma linha de financiamento bancária especial para esses produtores, com prazo de três anos de carência e 10 anos para pagar.

A principal vantagem é o retorno garantido pela irrigação da lavoura. Em média, o investimento se paga em quatro anos – ou até menos, se houver seca.

Para colocar pivôs de irrigação em 100 hectares de lavoura, por exemplo, o custo médio é de R$ 450 mil (R$ 4,5 mil por hectare), mais R$ 50 mil (500 por hectare) para construção de açude e R$ 75 mil (R$ 750 por hectare) para instalação de rede elétrica – varia conforme o caso. Agora é a hora de pensar nisso e se planejar para a próxima safra, pois, só para aprovar financiamento, leva-se até cinco meses.

Retorno do investimento é garantido 

Apesar do investimento, o retorno em irrigação é certo, faça seca ou tempo bom. Segundo o agrônomo Luiz Airton Padoin, da empresa Tecnocampo, no caso da soja, numa lavoura que produz média de 50 sacas por hectare em ano com boa umidade, essa média pode subir para 75 sacas por hectare com irrigação por pivô – ou seja, pelo menos 25 sacas a mais. Em anos de seca, em que muitos produtores colhem na faixa de 15 sacas por hectare ou até menos, com a irrigação por pivô, consegue-se atingir uma média de 60 sacas. Como numa década, chegamos a ter quatro a cinco anos com falta de chuva e prejuízo, investir em irrigação é um investimento que se paga facilmente e que garantirá um grande lucro.

Na região, alguns produtores de Santa Maria, São Sepé e Caçapava do Sul estão investindo em irrigação, e não só para soja, mas também para milho, feijão e pastagens.

O uso de pivôs é mais comum em cidades como Júlio de Castilhos, Cruz Alta e Tupanciretã, que estão mais adiantadas. Nessas cidades, o gargalo atual é a falta de carga de energia elétrica disponível no interior. Para resolver isso, há produtores comprando grandes geradores de luz a óleo diesel, que custam de R$ 80 mil (para 100 hectares) a R$ 150 mil (para 300 hectares de irrigação). 

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